Agudos – O depoimento ao Ministério Público (MP) do vereador e ex-presidente da Câmara de Agudos (13 quilômetros de Bauru) Auro Aparecido Octaviani (PMDB) previsto para ocorrer ontem à tarde foi adiado. Por meio de inquérito civil, a promotoria apura o suposto uso de notas fiscais falsas pela Câmara para justificar gastos com viagens inexistentes. Segundo o MP, diversas pessoas já foram ouvidas durante o procedimento, que está na fase de coleta de dados.
De acordo com o promotor de Justiça Hércules Sormani Neto, o vereador solicitou vistas do inquérito e pediu prazo para entregar seu depoimento por escrito, o que deve ocorrer no próximo dia 16. Já Auro alega que o promotor decidiu adiar seu depoimento porque estava com a pauta lotada. Segundo ele, cópias de notas fiscais referentes a viagens realizadas por todos os vereadores em 2010 já foram entregues ao MP para análise.
Auro afirma que não pode adiantar detalhes do que irá revelar à promotoria em razão do inquérito correr em segredo de Justiça. Ele também rebate boatos de que haveria um “acordo” entre ele e alguns vereadores para que eles aprovassem as contas de 2008 refentes à gestão do ex-prefeito José Carlos Octaviani (PP) em troca de “proteção” no seu depoimento.
“Não existe acordo nenhum. A votação é livre. O que eu falei está gravado. Não tem como voltar atrás no que eu falei”, declara, referindo-se às denúncias que fez na tribuna na Câmara sobre viagens e notas supostamente falsas. “Eu não vou cometer um crime de negociar um voto em troca de esconder uma denúncia. Eu jamais faria isso”.
O Jornal da Cidade apurou que o suposto “rombo” nos cofres da Câmara, causado pelo uso de notas fiscais supostamente “frias”, pode chegar a R$ 200 mil, com o envolvimento de diversos servidores do Legislativo e parlamentares.
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